segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

 Janeiro

             

Naquela tarde de janeiro

o sol brilhava no planalto central do país.

Subiam a ribalta

o Brasil feliz

diverso,

inclassificável,

esperançoso.

Esquecíamos, por um lapso,

o ódio,

a aprofobia,

o racismo,

a misoginia

e outras fobias que haviam regido a nação,

por quase infindos quatro anos.

Ríamos.

Era realidade ou utopia?

De certo, não sabíamos. 

Mas havíamos, definitivamente, demitido o iníquo.

Um país multicultural repintava a bandeira.

O Brasil voltava a ser dono de si mesmo.


[Salvador, 01.01.2023]

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